Disputa política na CBF coloca o treinador Mano Menezes na maledicência dos cartolas do futebol

Corda bamba – Dirigir a seleção de futebol de um país é sinônimo de prestígio em qualquer parte do mundo. No Brasil também já foi assim, mas desde que a CBF tornou-se uma rinha em que os dirigentes se engalfinham pelo poder, treinar o onze verde-louro passou a ser uma espécie de senha para a guilhotina. Escolhido pelo ex-presidente Ricardo Teixeira para comandar a seleção, o gaúcho Luiz Antônio Venker Menezes, o Mano, está há um ano e meio no cargo e agora entrou na mira dos descontentes.

Integrante do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, o empresário e ex-jogador Ronaldo Nazário de Lima foi a primeira estrela do futebol a criticar a seleção, com a ressalva que a situação pode mudar. O mais novo crítico da seleção é o ex-treinador Zagallo, que disse que já era tempo de o Brasil ter uma equipe minimamente definida para a Copa.

Candidato a assumir a vice-presidência da CBF da região Centro-Sul, Mario Jorge Lobo Zagallo esbarra na burocracia da entidade para chegar ao cargo. A aprovação do nome de Zagallo acabou esbarrando no desejo do presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, de abocanhar o cargo.

Quando chegou à presidência da CBF, por conta da renúncia de Teixeira, o ex-governador paulista José Maria Marin foi alvo de rebelião patrocinada por alguns cartolas, que alegaram excesso de concentração de poder nas mãos dos paulistas. E a teoria se confirma com a gula de Marco Polo, que como se fosse dirigente da CBF vem atuando como papagaio de pirata de Marin. Essa história tem todos os ingredientes para acabar na marca do pênalti.