Visita de Lula a José Sarney em hospital de SP serviu para definir os rumos da CPI do Cachoeira

Sordidez em dose dupla – Muitas foram as críticas que surgiram em torno da visita que Luiz Inácio da Silva fez ao presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por problemas cardíacos, mas a maioria da população, assim como a horda de seguidores do ex-metalúrgico, classificou o evento como um ato de solidariedade.

A foto de Lula ao pé do leito de Sarney, previamente produzida e divulgada à exaustão, tentou passar a ideia que a cena representava o encontro de dois velhos companheiros de batalhas políticas pelo Brasil afora. Na verdade, a tal foto serviu para camuflar o real motivo da ida de Lula ao hospital.

Disposto a colocar o governador tucano Marconi Perillo, de Goiás, no olho do escândalo de Carlinhos Cachoeira, o ex-presidente não pensou duas vezes para ordenar aos seus ainda comandados no Congresso Nacional a seguirem em frente na ideia de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a teia de contatos do contraventor preso durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Informado de que Sarney estava bem e fora da UTI, o ex-metalúrgico foi ao hospital predileto dos políticos brasileiros para tratar detalhes da CPI, que poderá arrastar ao centro das investigações muitos petistas, inclusive o próprio Lula. A ideia de uma conversa com José Sarney surgiu na reunião de Lula com Dilma Rousseff, na última sexta-feira (13), o que deveria acontecer em local diferente, que não o Sírio-Libanês. Como o presidente do Senado foi internado às pressas no último sábado (14), o colóquio acabou acontecendo em um quarto do hospital.

Informado de que Sarney estava lúcido e fora da UTI, o ex-metalúrgico foi ao hospital predileto dos políticos brasileiros para tratar detalhes da CPI, que poderá arrastar ao centro das investigações muitos petistas, inclusive o próprio Lula. A ideia de uma conversa com José Sarney surgiu na reunião de Lula com Dilma Rousseff, na última sexta-feira (13), o que deveria acontecer em local diferente, que não o Sírio-Libanês. Como o presidente do Senado foi internado às pressas no último sábado (14), a reboque de licença médica de quinze dias, a saída foi transferir o colóquio para um quarto do hospital, antes que o estrago se consumasse no Congresso.

Por certo muitos contestarão as informações aqui contidas, mas não custa lembrar que Lula não se deu ao trabalho de ir ao enterro do irmão. É verdade que o Luiz Inácio da Silva é um animal político, mas não se pode acreditar que o responsável pelo período mais corrupto da história política do País tornou-se uma candura.

Com a devida licença do folclórico ex-senador Mão Santa (PI), aqui fica um alerta: “Atentai bem, ó Brasil!”