Em um país onde a maioria tem dificuldade para ler, ministério investe em programa de leitura

Muito para nada – Ministra da Cultura, Ana de Hollanda anunciou nesta segunda-feira (23/04), Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, investimentos de R$ 373 milhões no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) em 2012. As ações apresentadas contemplam os quatro eixos estratégicos do Plano, que ganhou a condição de ação de governo – e não mais apenas do MinC e do Ministério da Educação – em decreto assinado pela presidenet Dilma Vana Rousseff no fim de 2011.

De acordo com o Ministério da Cultura, serão 42 projetos desenvolvidos em 2012 com o objetivo de promover o livro, a leitura, a literatura, as bibliotecas e a criação e a difusão da literatura brasileira. A coordenação ficará a cargo da Fundação Biblioteca Nacional (FBN).

De nada adianta investir o dinheiro público para promover a leitura se a extensa maioria do povo se apavora diante de um livro por não saber ler em condições rasas. Monteiro Lobato disse certa vez que “um país se constrói com homens e livros”, o que é absolutamente certo, mas possível somente com homens que sabem ler. O Brasil erra de maneira recorrente ao não investir na educação de base, que dá ao cidadão a oportunidade de aprender a ler e escrever. O desconhecimento consentido da população é o cenário ideal para que modelos políticos totalitários se instalem com facilidade.

Mesmo com essa iniciativa do Ministério da Cultura, é preciso saber que tipo de leitura o tal programa recomendará aos supostos beneficiados. Se forem temas para viabilizar uma ditadura comunista é melhor empregar o dinheiro em outras áreas, como a da saúde, por exemplo. Do contrário, será mais uma tentativa de lavagem cerebral.