Virou bagunça – O ano de 2007 estava em seus meados quando o então presidente Luiz Inácio da Silva, ao lado do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), disse que encerrados os Jogos Pan-Americanos a cidade do Rio de Janeiro teria o melhor sistema de segurança pública do País. Uma inverdade tão sonora quanto a afirmação do próprio Lula sobre a excelência da saúde pública. Passados quase cinco anos daquela inverídica declaração, o Rio de Janeiro, que continua lindo, está cada vez mais refém da criminalidade.
Anos depois, mais precisamente em setembro de 2010, quando a FIFA escolheu a capital fluminense como sede provisória da entidade durante a Copa de 2014, o prefeito Eduardo Paes declarou, em tom de galhofa: “Chinelada na paulistada. É humilhante… Mostro a vista e mostro um negócio desses. Vai levar o que pra São Paulo?”. Acontece que o alcaide carioca administra uma das mais importantes cidades brasileiras como se fosse um porta-retrato, que vive da imagem e depende de um escoro.
Ambas as declarações, a de Lula e a de Paes, foram homenagens à mitomania e não contavam com a inoperância do governador Sérgio Cabral Filho. Para provar o que há muito denunciamos, na manhã desta segunda-feira (23), Dia de São Jorge, ladrões assaltaram o guichê do estacionamento do aeroporto Tom Jobim, o velho e já não tão bom Galeão. Armados com pistolas, dois homens renderam quatro funcionários, roubaram o dinheiro e fugiram com tranquilidade.
Em janeiro deste ano, ação semelhante ocorreu no aeroporto do Rio de Janeiro. Dois homens, também armados com pistolas, renderam o funcionário encarregado de recolher o dinheiro nas cabines do estacionamento, no subsolo do prédio. De acordo com os policiais, os assaltantes conheciam a rotina da empresa. Ora, o que fazer quando a polícia do principal cartão-postal brasileiro não conhece a rotina dos bandidos? Com a palavra o governador Sérgio Cabral Filho, cuja competência dispensa adjetivos.
