Problemas à vista – Em outubro de 2007, quando o presidente da FIFA, Jérôme Valcke, anunciou que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o ucho.info afirmou que o País não tinha, como ainda não tem, condições de receber eventos de tamanha magnitude. Naquele momento prevaleceu, de Norte a Sul, o ufanismo que normalmente predomina em situações semelhantes. Aquele anúncio serviu para o então presidente Luiz Inácio da Silva reforçar a bolha de virtuosismo que foi vendido a incautos de todo o planeta.
Como se não bastassem os problemas de infraestrutura cuja solução cabe ao Estado, como um todo, a iniciativa privada também enfrenta mazelas de toda ordem. Há meses o ucho.info passou a destacar o caos que impera na hotelaria nacional, alertando para o fato que em muitas cidades-sede os motéis serão a saída para evitar um apagão de hospedagem.
Com a maioria dos hotéis na classificação três estrelas para baixo, os turistas da Copa terão problemas sérios de hospedagem. Para se ter ideia da falta de infraestrutura hoteleira, o evento Rio+20 já se transformou em transtorno para o setor.
Na noite de quarta-feira (15), o Jornal da Globo, noticioso da Vênus Platinada, deu ênfase a um assunto que há muito tem espaço neste site. A falta de investimentos na hotelaria nacional. Fora isso, em algumas cidades que receberão jogos da Copa o investimento em hotéis não é atrativo, pois os empreendimentos perderiam a razão de existir depois do Mundial de futebol. Em São Paulo, por exemplo, os jogos da Copa acontecerão no Itaquerão, localizado no bairro de Itaquera, no extremo da Zona Leste da capital paulista e considerado reduto da periferia. Construir um hotel de luxo nessa região não justifica se analisado o perfil dos que lá vivem e transitam.
Além de o Brasil reunir poucas chances de faturar a Copa com a seleção atual, cresce a cada dia a possibilidade de o evento ser um fiasco monumental.
