Boliviano Evo Morales aproveita a expropriação da YPF e se apodera de empresa elétrica espanhola

Mão grande – Inspirada no venezuelano Hugo Chávez e no boliviano Evo Morales, que em seus respectivos se apoderam de empresas privadas com facilidade criminosa, a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, expropriou a YPF, empresa petrolífera controlada pela espanhola Repsol. Esses saltimbancos agem deliberadamente sob o manto do comunismo e embalados pela desculpa do bem estar da população.

A expropriação da YPF provocou prejuízos bilionários à Repsol, que buscará seus direitos na Justiça internacional, e gerou protestos nos meios diplomáticos e empresariais, o que não é bom sinal para um país que está mergulhado em crise econômica grave e preocupante, como é o caso da Argentina. Sem saber como solucionar o problema, Cristina de Kirchner tem se valido de atos populistas, como a expropriação da YPF, que foi precedida pela reivindicação das Ilhas Falkland (Ilhas Malvinas para os argentinos).

Acontece que a atitude de Cristina de Kirchner de se apropriar da YPF reacendeu na América Latina a onda de assalto à iniciativa privada. O presidente cocalero Evo Morales, da Bolívia, promulgou nesta terça-feira (1) o decreto de nacionalização da Transportadora de Electricidad S.A. (TDE), filial da Red Eléctrica Española (REE), que opera desde 1997 no país sul-americano. Para completar, Morales ordenou às Forças Armadas que tomem as instalações da empresa.

Para anunciar o feito, Evo Morales apelou para um discurso populista, como se expropriação fosse um ato corriqueiro, legal e livre de ações judiciais. “Hoje, como justa homenagem aos trabalhadores e ao povo boliviano que lutou pela recuperação dos recursos naturais e dos serviços básicos, nacionalizamos a Transportadora de Electricidad”, disse Morales, que informou que 73% das redes de transmissão de energia elétrica voltaram ao controle da estatal Empresa Nacional de Electricidad (ENDE), com sede na cidade de Cochabamba.

Que a América Latina está sob ventos esquerdistas todos sabem, mas é preciso impedir que essa lufada totalitarista transforme os países da região em ditaduras civis, sob pena de essa porção do continente se transformar em reduto de ditadores. E o Brasil não está livre desse movimento. Basta analisar as críticas de Dilma Rousseff aos bancos privados, cujos donos devem colocar as respectivas barbas de molho.