Tudo errado – Consultados pelo Banco Central, analistas do mercado financeiro apostam em nova redução da taxa básica de juro (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, marcada para os dias 29 e 30 deste mês. De acordo com os especialistas, o Copom deve reduzir a Selic em meio ponto percentual, atualmente fixada em 9% ao ano, mas a expectativa é que alcance a marca de 8% até o final de 2012.
Perguntados sobre 2013, os analistas disseram que a Selic deve encerrar o próximo ano na casa de 9,75%, contra 10% da previsão anterior. Como se sabe, a taxa básica de juro é um instrumento de controle da inflação, cujo centro da meta fixada pelo governo federal é de 4,5%, marca que tem sido ultrapassada com folga. O Copom leva em consideração a estabilidade ou o recuo da inflação para cortar a taxa de juro, o que na teoria ajuda a estimular a economia o consequentemente o consumo interno. Isso significa que quando esse movimento é contrário a tendência é aumentar a inflação.
No quesito inflação, os analistas do mercado financeiro foram quase uníssonos ao afirmar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve chegar ao final de 2012 em 5,22%, ante 5,12% da previsão anterior. Já para 2013, o IPCA, segundo os consultados, deve encerrar o ano em 5,53%, contra 5,56% previstos anteriormente. Em ambas as situações, o IPCA está acima do centro da meta de inflação.
Esse cenário confirma a maldição que continua dominando a herança deixada pelo messiânico Luiz Inácio da Silva, que não apenas empurrou os brasileiros ao consumo irresponsável, mas deu as costas à indústria nacional e vendeu ao mundo uma bolha de virtuosismo que começa a estourar.