Cruzando os dedos – Nos próximos dias, o Tribunal Superior Eleitoral terá de decidir o futuro do Partido Social Democrático (PSD), legenda criada pelo prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, a partir de deserção de políticos que deixaram principalmente o Democratas.
Na ação que tramita na corte eleitoral o PSD pleiteia parte do fundo partidário, alimentado com dinheiro público e que faz o custeio oficial dos partidos políticos do País. A legenda presidida por Kassab alega que junto ao TSE que é preciso repasse proporcional das verbas do fundo, uma vez que atualmente o PSD já conta com 52 deputados federais.
A decisão do TSE é imprevisível, mas a legislação eleitoral determina que o fundo partidário será calculado a partir dos votos obtidos pela legenda na eleição anterior. Como o PSD ainda não participou de qualquer eleição, pois sua criação se deu depois de 2010, a tendência lógica é que o partido fique a ver navios em termos de recursos financeiros oficiais.
No caso de o TSE aplicar a lei ao pé da letra, o PSD poderá por um processo de esvaziamento, sendo obrigado a caminhar na direção de uma fusão com outro partido. Uma das prováveis legendas para esse casamento é o PSB, partido comandado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Seria uma das poucas saídas para que o PSD não se transforme em um partido nanico e sem expressão política. E para manter-se na vitrine política nacional o prefeito Gilberto Kassab teria que negociar intensamente com o governador pernambucano, potencial candidato à Presidência da República em 2014.