Cláudio Abreu operava contas bancárias da Delta nacional, revela deputado Onyx Lorenzoni

Impressão digital – O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) revelou há instantes, na CPMI que investiga o contraventor goiano Carlos Cachoeira, que os ex-diretores da Delta Construção, Cláudio Abreu e Heraldo Puccini, tinham autorização movimentar contas da matriz da empresa no Rio de Janeiro. A informação consta nos autos da operação Saint Michel, que serão compartilhados com os membros da Comissão.

“Os autos vão comprovar que os ex-diretores tinham autorização da Delta para operar as contas nacionais e não apenas do Centro-Oeste, o que faz o que venhamos reiterar na CPMI a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa Delta nacional”, afirmou Lorenzoni. “Não há nenhuma negociação nesse esquema criminoso que não tenha o conluio da Delta nacional. A partir daí poderemos comprovar a ligação do Cachoeira com essa empresa,” destacou. O compartilhamento dos dados da Saint Michel foi aprovado pela comissão no último dia 17 a partir de proposta do parlamentar gaúcho.

O integrante da comissão pela bancada do Democratas na Câmara dos Deputados buscou a novidade na tarde desta terça-feira (22) na 5ª Vara Criminal e no Núcleo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.

“Precisamos superar a barreira que a aliança PT/PMDB fez na CPI para impedir que esse sigilo seja quebrado como demonstraram as imagens da última quinta-feira”, disse o deputado se referindo a troca de mensagens entre o deputado petista Cândido Vaccarezza e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), quando o parlamentar prometeu blindagem ao peemedebista.

Cachoeira

Lorenzoni ainda fez outro apelo aos integrantes da CPMI para seja aprovado um dos primeiros requerimentos apresentados por ele para uma acareação entre o ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot, e Carlos Cachoeira.

“A CPI se deu conta que apenas a oitiva direta do Cachoeira não vai funcionar. Por isso, defendemos a quebra do sigilo do Delta e sugerimos, por exemplo, a acareação do homem forte do Dnit, Luiz Pagot, e o Cachoeira. Um falando das atividades do outro trará mais luz a esse processo porque quando a quadrilha briga, a sociedade se informa”, concluiu mencionando o depoimento do contraventor que está nesse momento da CPMI, porém, se mantém calado diante dos questionamentos dos deputados e senadores.