Diante de eventual paralisação da saúde, Planalto alega erro e desiste de reduzir salário dos médicos

Recuo às pressas – Quando redigiram a Medida Provisória 568/2012, os assessores da presidente Dilma Rousseff tinham pleno conhecimento da matéria que seria enviada ao Congresso Nacional para a apreciação dos senadores e deputados federais. A redução pela metade dos salários dos médicos federais. A matéria deflagrou em todo o País uma rebelião silenciosa, que ganhou voz nesta terça-feira (12).

Na manhã de hoje, o ucho.info conversou com alguns médicos que trabalham no sistema federal de saúde, que garantiram que a aprovação da MP provocaria a paralisação imediata do setor em todo o País em no máximo em um dia.

Ao perceber o tamanho do estrago que estava a caminho, o Palácio do Planalto acionou a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, que em reunião com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), acertou a apresentação de uma emenda à MP que reajusta o salário dos servidores públicos federais, corrigindo desta forma o problema na estrutura de remuneração dos profissionais de saúde.

Dilma Rousseff, eleita por um presidente que afirmou estar a saúde pública brasileira a um passo da perfeição, deveria tomar cuidado com as matérias produzidas, a seu mando, pela própria assessoria, pois golpes baixos como o que se tentou contra os médicos federais não são aceitos como eventuais erros tão facilmente.

Esse tipo de manobra de última hora, consertada às pressas, deixa evidente o projeto totalitarista que está em marcha desde a chegada de Lula ao poder central, em 2003, ocasião em que o ucho.info alertou para o perigo do processo de “cubanização” a que seria submetido o País. Muitos nos criticaram, alegando que era cedo demais para tal afirmação, mas a prova dos fatos está esparramando-se pelo Brasil para ser conferida por aqueles que ainda não tiveram a consciência abduzida pelo Palácio do Planalto e seus operadores.