Ausência de estadistas e desenvolvimento a qualquer custo comprometem a Rio+20

Muito para nada – As chances de fracasso da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, crescem a cada dia, a exemplo do que acontece em qualquer encontro de autoridades que se reúnem com o objetivo de discutir assuntos relacionados ao meio ambiente.

Balbuciada à exaustão ao redor do planeta nos últimos tempos, a tal da sustentabilidade em breve será transformada em mais um desses selos de ocasião que emolduram projetos de marketing de empresas que dão as costas ao meio ambiente.

O principal sinal de fracasso da Rio+20 se traduz na ausência de alguns chefes de Estado e de governo no evento da ONU, como os presidentes Barack Obama (EUA), Vladimir Putin (Rússia) e Hu Jintao (China) e os primeiros-ministros David Cameron (Reino Unido), Angela Merkel (Alemanha) e Manmohan Singh (Índia). Não se trata de animosidades entre esses líderes e a presidente Dilma Rousseff, mas, sim, o desejo de cada um deles de ver a economia de seus respectivos países livre de fatores que possam dificultar o desenvolvimento em tempos de crise mundial

Fora isso, o governo brasileiro custa a convencer os convidados ao evento, pois além de investir pesado na exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo, tenta salvar a economia local com, incentivos à indústria automobilística, derramando cada vez mais carros novos nas ruas das principais cidades do País. Enquanto as grandes metrópoles transformam-se em catapulta de poluentes, o preço do etanol faz com que os donos de automóveis optem pela gasolina.