Na próxima semana, deputados e senadores deixarão as obrigações de lado por causa da Rio+20

Vida mansa – Acostumados a frenquentar o Congresso Nacional durante apenas dois dias e meio por semana, deputados e senadores terão pela frente um período de folga forçada, camuflado por o que convencionou-se chamar de “recesso branco”. Tudo porque, segundo informações, os parlamentares decidiram acompanhar os trabalhos da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira, 22 de junho.

É extremamente difícil acreditar nessa esfarrapada desculpa, mas alguns parlamentares poderão até conferir o evento in loco, até porque alguns dias na Cidade Maravilhosa com mordomias financiadas pelo suado dinheiro do contribuinte não é sacrifício tão grande.

Na verdade, o ócio anunciado da próxima semana se deve à “necessidade” de alguns parlamentares, em especial os do Nordeste, de participarem das famosas festas juninas, sempre animadas e que reúnem milhões de eleitores em vários estados. O restante aproveitará para tratar de assuntos pessoais ou até mesmo viajar para o exterior, até porque é além das fronteiras verde-louras que se negociam os rapapés da CPI do Cachoeira.

Para que o contribuinte não entenda ser esse um movimento normal, cada parlamentar custa mensalmente, computadas todas as despesas, algo como R$ 130 mil. Considerando que entre deputados e senadores o País tem na capital federal nada menos do que 594 parlamentares, o custo mensal dos nossos doutos representantes é de R$ 77,2 milhões. Com isso, a semana parada custará R$ 19,3 milhões, sem contrapartida alguma.

De tal modo, matérias de interesse do País e dos brasileiros ficarão para depois, assim como os espetáculos pífios que têm sido apresentados na Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar as estripulias de carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.