Rio+20: Fotógrafo Sebastião Salgado recebe prêmio por reflorestar a Mata Atlântica

De volta para o futuro – O fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, receberão o Prêmio-E, durante a Rio+20. A congratulação é fruto do trabalho de ambos na liderança do Instituto Terra, que já plantou mais de 1,7 milhão de árvores nativas em áreas de Mata Atlântica.

O trabalho liderado pelo fotógrafo é feito desde 1999 e foi considerado pelas autoridades um dos bons exemplos iniciados no intervalo entre a Eco92 e a Rio+20. Os esforços do instituto estão localizados entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com maior ênfase para a região do Vale do Rio Doce, que há anos vem sofrendo grande degradação ambiental.

O empenho em prol da preservação e recuperação da flora também se reflete na fauna. “A cobertura vegetal dá suporte para toda a fauna e, com isso, a quantidade de aves e mamíferos aumentou no local, porque eles têm mais alimentos depois que foi feito o plantio da área”, explicou o analista ambiental Jaeder Loper Vieira, em declaração ao Globo Natureza.

Ao todo o instituto já foi responsável por 710 hectares de área reflorestada, somente na Mata Atlântica. Como resultados deste trabalho, já foram catalogadas mais de 172 espécies de pássaros e 64 espécies de animais terrestres, algumas delas ameaçadas de extinção.

O instituto tem capacidade para produzir um milhão de mudas por ano. São cem espécies diferentes, todas nativas do bioma e da região em que são plantadas. Além do benefício ambiental, o Instituto Terra auxilia projetos de capacitação agrícola e de educação. O Prêmio-E será entregue ao casal no sábado, 16 de junho. (Do CicloVivo com informações do Globo Natureza)