Carlos Sampaio diz que a CPI do Cachoeira não é séria e que sente-se envergonhado de integrá-la

Conversa de gente grande – Tão logo que começou a funcionar a CPI do Cachoeira, criada para investigar a teia de relacionamentos do contraventor goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o ucho.info afirmou que os trabalhos dariam em nada e que serviriam apenas para consumir o suado dinheiro do contribuinte. Tudo porque o objetivo da CPI, criada por pressão do ex-presidente Lula, é atingir o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Lula, como se sabe, sempre avançou na política na esteira de um discurso em defesa do povo, mas, como nas situações anteriores, o ex-metalúrgico mais uma vez não pensou nos brasileiros, pois tem patrocinado um dos pífios espetáculos do Congresso nacional. A CPI do Cachoeira foi transformada, com a anuência da base aliada, em um tribunal particular, onde petistas julgam quem querem e como querem, sempre atendendo às ordens disparadas por Luiz Inácio da Silva.

Homem de confiança do cassado José Dirceu de Oliveira e Silva, o outrora camarada Daniel, o relator Odair Cunha ouve na CPI quem a cúpula do PT determina. Tanto é assim, que o requerimento de convocação de Fernando Cavendish, dono da Delta Construção, e de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit, ainda dormita na Comissão à espera da boa vontade do relator e do presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Na tarde desta quarta-feira (27), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) usou a palavra para questionar o petista Paulo Teixeira, que presidia a sessão, para dizer que o parlamentar atuava em defesa do depoente, o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que disse ter recebido dinheiro sujo da campanha de Perillo como pagamento de serviços limpos.

Pois bem, Sampaio, ao passar contundente carraspana em Paulo Teixeira, disse que a CPI não era séria e que sentia-se envergonhado de integrá-la, pois o PT transformou a Comissão em palco de disputa político-partidária. A estratégia petista é complicar ao máximo a situação dos tucanos, uma vez que o julgamento do mensalão, marcado para começar em 2 de agosto, deve refletir nas eleições municipais e atrapalhar os planos do PT.

Após ouvir calado o pito do tucano Carlos Sampaio, o petista Paulo Teixeira tentou se justificar, mas sua fala foi inócua e vazia, pois a ordem na CPI é evitar a convocação de Cavendish, em especial, pois qualquer avanço das investigações na direção do empresário e da Delta comprometeria a presidente Dilma Rousseff, que concordou com a evolução meteórica da empreiteira, que doou dinheiro à campanha presidencial da atual inquilina do Palácio do Planalto.