Endividamento recorde decorrente do consumismo leva os brasileiros a gastarem menos com alimentos

Pé no freio – Na segunda-feira (2), a Serasa Experian informou ao mercado o que os leitores do ucho.info souberam com muitos meses de antecedência. De acordo com a empresa de consultoria, o consumo nos supermercados ficou estável em 2011, em comparação com ano anterior, por causa do endividamento recorde das famílias brasileiras. “A explosão de consumo que houve nesses últimos anos, lastreada em crédito, fez com que as famílias ficassem mais endividadas”, explicou Márcio Torres, gerente de Análise de Crédito da Serasa.

Segundo o levantamento, que considerou os balanços registrados na Serasa entre janeiro e abril de 2012, os grandes supermercados apresentaram queda de 0,6% na evolução das vendas em relação a 2010. Já os médios e pequenos supermercados registraram crescimento de 0,1%. Márcio Torres atribuiu o melhor desempenho dos estabelecimentos de menor porte ao fato de estarem mais espalhados e conseguirem atender a um maior número de consumidores. “Eles estão muito mais perto do consumidor final do que os grandes”, explicou.

Quando, em 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação e pediu aos brasileiros para que mantivessem o consumo em níveis elevados, o ucho.info alertou para os perigos do endividamento recorde e da alta da inadimplência, mas foi acusado de torcer contra o Brasil.

Passados alguns meses daquele fatídico pedido de Lula, noticiamos que os brasileiros, em razão do endividamento inusitado, começavam a economizar na compra de alimentos, como forma de não comprometer o pagamento dos inúmeros carnês e financiamentos que surgiram a reboque de uma onda de consumismo. De igual modo, o ucho.info foi acusado de alarmista e de querer fustigar os palacianos, mas os números da Serasa comprovam a eficácia do nosso jornalismo. “As pessoas são muito mais racionais na hora de ir ao supermercado do que antes, até para evitar gastar mais do que devem”, disse o gerente da Serasa.

Resumindo, o brasileiro passou a comer menos apenas porque embarcou no populismo desenfreado de Lula e arrumou mais dívidas do que sua capacidade real de pagamento. São esses incautos que engrossam a massa de 39 milhões de novos consumidores que ascenderam à chamada classe média e são festejados pelo Palácio do Planalto.

Mesmo assim, Lula continua acreditando que brilhante foi o slogan do seu governo, “Brasil, um país de todos”.