Audácia oficial – Deixando de lado as inúmeras promessas de campanha, muitas das quais não foram cumpridas, o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, atribuiu nota dez à sua gestão. Faltando poucos meses para passar o bastão ao sucessor, Kassab tenta com esse discurso embusteiro esconder os altos índices de desaprovação que lhe confere a população paulistana, cansada das fanfarrices do alcaide da sexta maior cidade do planeta.
Sem construir os três hospitais prometidos, zerar o déficit de vagas nas creches municipais e construir 66 Km de corredores de ônibus, Kassab disse na tarde de quinta-feira (5) que “deixará de ser feito aquilo que não foi priorizado”. Em outras palavras, o presidente nacional do PSD não honra a palavra dada e ainda derrama um amontoado de desculpas esdrúxulas.
Quando um político, rejeitado pela opinião pública, se vê obrigado a dar nota para o próprio desempenho, algo de errado há nesse enredo. Considerados como o melhor instituto de pesquisas do País, os motoristas de táxi da capital paulista são quase uníssonos nas críticas ao prefeito de São Paulo. Nove entre dez taxistas criticam Kassab, que não consegue se descolar do vergonhoso índice de 20% de aprovação popular.
O fracasso de Gilberto Kassab como administrador público á pode ser considerado um problema para a candidatura de José Serra, que sonha em retornar ao comando da Pauliceia Desvairada. Sucessor de José Serra na prefeitura de São Paulo, Kassab quer levar ao palanque do tucano a sua conhecida incompetência, que pode ser conferida no estado em que se encontram as ruas e avenidas da cidade, onde alguns buracos, quiçá crateras, já aniversariaram algumas vezes sem que as autoridades tomassem qualquer providência.