Em nota divulgada na tarde de quarta-feira (11), a Corregedoria-Geral do MP de Goiás informou que aguardava apenas a publicação da decisão do plenário no Diário do Senado para instaurar procedimento disciplinar para apurar se Demóstenes cometeu eventual transgressão funcional. Nenhum procedimento foi instaurado até então porque as acusações e suspeitas contra o ex-senador não atingiram sua atuação como membro do Ministério Público. A decisão do plenário está publicada na edição desta quinta-feira do Diário do Senado.
Acusado de ter beneficiado a organização criminosa comandada, segundo a Polícia Federal, pelo contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres o até então eloqüente e crítico Demóstenes perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar, o que o torna inelegível até o ano de 2027.
Caso reassuma o cargo de procurador, o que deve acontecer, Demóstenes voltará a atuar na 27ª Procuradoria de Justiça, fazendo jus a um salário de R$ 22 mil, além dos costumeiros benefícios do cargo.
Confirmado o vínculo com o MP goiano, Demóstenes continuará gozando do chamado foro privilegiado por prerrogativa de função, o que fará com que o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) será remetido ao Tribunal de Justiça de Goiás. No caso de o ex-senador deixar o MP, o processo será remetido à Justiça Federal em Goiás.
A Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público também está apurando o suposto envolvimento do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, irmão de Demóstenes, com o grupo de Carlinhos Cachoeira. (Com informações da Agência Brasil)