Incentivada pelo populista Lula, enxurrada de carros novos inviabilizou cidades brasileiras

Sem noção – Durante décadas, o Brasil conquistou a fama de “país do jeitinho”. Com a chegada de Luiz Inácio da Silva ao poder, esse status migrou para o “país do puxadinho”. Ou seja, a outrora Terra de Santa cruz transformou-se em palco do improviso oficial, sem que as autoridades se preocupem com os danos causados aos cidadãos, que com o suado dinheiro financiam uma máquina repleta de incompetentes.

Quando, no final de 2008, Lula ocupou os meios de comunicação para anunciar a redução de impostos para veículos novos, o ucho.info alertou para a necessidade imediata de se destinar recursos públicos para a melhoria do sistema viário das grandes cidades brasileiras, que em pouco tempo seriam inundadas por enxurradas de carros novos.

Como durante anos o ex-metalúrgico foi incensado à condição de maioral da economia planetária, pouca importância foi dada aos nossos alertas, considerados pelos palacianos como uma forma de os jornalistas deste site torcerem contra o País. Não se trata de torcer contra, mas de colocar em prática conhecimentos básicos de planejamento, não sem antes cobrar das autoridades medidas que integram a contrapartida aos impostos pagos pelos contribuintes.

O conformismo do brasileiro tornou-se um ingrediente a favor dos políticos incompetentes, como é o caso de Lula, cujos estragos provocados por seus dois governos serão sentidos durante pelo menos cinco décadas.

Para provar que era procedente nossa preocupação com o impacto sofrido pelas grandes cidades, que da noite para o dia passaram a receber enormes volumes de automóveis novos, muitas estradas paulistas, nos trechos que englobam a chamada Grande São Paulo, transformaram-se em verdadeiras avenidas, tamanho é o volume de carros nas pistas. Tanto é assim, que algumas concessionárias de rodovias estão reduzindo o limite de velocidade na chegada a São Paulo na tentativa de reduzir o número de acidentes.

Muitas capitais do País já não sabem como escapar do trânsito, algo que também chegou a importantes cidades do interior paulista, como Campinas, Jundiaí e Sorocaba, que passaram a experimentar o que até então era privilégio (sic) dos moradores da capital. Na cidade de São Paulo, onde os picos de congestionamento tinham hora certa, agora acontecem durante quase todo o dia.

O caso mais absurdo, que resulta dessa onda de carros novos, pode ser facilmente conferido em Águas de São Pedro, menor cidade do interior paulista em termos de extensão territorial. Com 2,7 mil habitantes, a cidade tem 2 mil veículos. Em outras palavras, em Águas de São Pedro existe um carro para cada 1,35 habitante.

Messiânico e egocêntrico, Lula por certo deve interpretar esse cenário como sendo uma enorme conquista de sua desbaratada passagem pelo Palácio do Planalto, mas de nada adianta vender cada vez mais carros se não há onde usá-los.

A Copa do Mundo de 2014 já bate à porta e nada foi feito nas cidades-sede no setor de mobilidade urbana. Muito se fala sobre o assunto, mas por enquanto o tema bamboleia entre discursos bem redigidos e projetos que repousam nas pranchetas. O atraso das obras servirá apenas para alimentar a corrupção, que surgirá na esteira dos famosos contratos emergenciais. Até porque, logo depois da Copa o Brasil será atingido por nova campanha rumo ao Palácio do Planalto, o que normalmente exige oceanos de dinheiro.