Cartão vermelho – Quem acompanhou, no domingo (22), a partida entre Flamengo e Cruzeiro, válida pelo Campeonato Brasileiro, percebeu que o técnico Joel Santana não está em fase de excesso de sorte, mas ficou claro que o problema está no elenco.
Mesmo diante de incontestável evidência, a presidente do rubro-negro carioca, Patrícia Amorim, decidiu repetir outros conhecidos cartolas e demitiu Joel Santana. Para o seu lugar deve ser contratado Dorival Júnior, que até a última semana treinava o Internacional, cargo perdido para o ex-jogador Fernandão, que vinha atuando como dirigente do onze porto-alegrense.
Manda embora o treinador passou a ser a solução de muitos dirigentes que enxergam o óbvio mas preferem a medida mais simples. Fora isso, demitir boa parte de um elenco ineficiente representa o risco de perder dinheiro no futuro.
Um dos grandes exemplos desse erro é o São Paulo FC, uma das maiores equipes do futebol nacional. Desde a saída de Muricy Ramalho, hoje treinador do Santos FC, o tricolor do Morumbi vem enfrentando uma quase interminável troca de treinadores. A última contração do São Paulo foi Ney Franco, que estava na CBF cuidando das seleções de base. Contudo, o problema maior do SPFC está no presidente Juvenal Juvêncio, que pode ser considerado como a materialização da soberba.
No caso do Flamengo, a solução seria demitir alguns jogadores, mas a degola de Joel Santana foi mais simples, rápida e menos burocrática. E o eventual novo treinador, Dorival Júnior, sabe muito bem o que isso significa. Resta saber se a chegada do novo comandante do “Ninho do Urubu” trará alguma solução para a crise do clube, pois os gols perdidos diante do Cruzeiro não resultam de incompetência do treinador.