Inflação sobe em cinco capitais e complica a economia, mas governo ignora a herança maldita de Lula

Sem encaixe – Para as autoridades econômicas do governo da presidente Dilma Rousseff o Brasil em breve voltará a ser a versão tropical do país de Alice, aquele das maravilhas, mas a realidade é bem diferente. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu em cinco das sete capitais pesquisadas, da segunda para a terceira semana de julho. A maior alta foi observada em Porto Alegre, onde a taxa subiu 0,14 ponto percentual, saltando de 0,09% para 0,23% no período.

Também foram observadas elevações em Belo Horizonte (0,10 ponto percentual, passando de 0,15% para 0,25%), São Paulo (0,09 ponto percentual, de 0,17% para 0,26%), Recife (0,06 ponto percentual, de –0,03% para 0,03%) e Rio de Janeiro (0,05 ponto percentual, de 0,49% para 0,54%).

Apenas as cidades de Salvador e Brasília registraram redução das respectivas taxas de inflação. A capital dos brasileiros apresentou redução de 0,13 ponto percentual (passando de 0,29% para 0,16%), enquanto a capital baiana registrou queda de 0,01 ponto percentual (passando de 0,22% para 0,21%).

A média nacional do IPC-S na terceira semana de julho, divulgada na segunda-feira (23), foi de 0,28%, com alta de 0,06 ponto percentual em relação à semana anterior.

Tiro no pé

A situação torna-se ainda mais preocupante quando analisado o cenário econômico como um todo. A inflação continua resistente mesmo com a redução da demanda por crédito, motivada pela cautela das já endividadas famílias brasileiras e pelo temor dos bancos na concessão de crédito. Outro fator que preocupa é a alta da inadimplência, o que tem levado as instituições financeiras a adotarem padrões mais rígidos de análise no momento da concessão de linhas de financiamento.

Como se fosse pouco, por um lado o governo federal aposta na expansão do consumo como forma de neutralizar os efeitos da crise internacional, mas por outro o contingente de empregados não cresce na mesma proporção das expectativas palacianas. Com dois terços da população brasileira recebendo menos de dois salário mínimos por mês, o crescimento do consumo só se dará a partir do aumento da massa de pessoas empregadas.

Em 2008, quando Lula partiu para a irresponsabilidade de empurrar os brasileiros ao consumo descontrolado, o ucho.info alertou para o fato de que essa conta em algum momento não fecharia. Na ocasião, o então presidente ordenou aos seus auxiliares que os críticos deveriam ser enquadrados, como de fato ocorreu. Ao ucho.info os estafetas palacianos ofertaram a pecha de torcer contra o Brasil. Se Lula tiver coragem e tempo, que aceite um encontro para debater com o ucho.info a herança maldita deixada aos incautos brasileiros.