Queda no lucro dos bancos e calote bilionário mostram que o Brasil não é o país das maravilhas

Sinal de alerta – Bancos nunca foram casas de caridade e o capitalismo não é uma doutrina de fé. Quem atua no mercado financeiro corre atrás de lucros, mas quando o prejuízo domina o cenário é preciso estar pronto para as consequências.

Quando decidiu eliminar a derrota de sua história político-eleitoral e chegar ao Palácio do Planalto, o ex-metalúrgico Lula foi obrigado a se aliar ao setor eu um dia foi alvo de duras críticas da esquerda: os bancos. E foi com a polpuda ajuda dos bancos que Luiz Inácio da Silva chegou ao poder central, a bordo de doações milionárias. E tudo aconteceu no melhor estilo escambo, uma vez que aos banqueiros foram prometidos lucros históricos e fáceis.

Antes da vitória do petista, os banqueiros, reunidos em São Paulo, disseram certa vez que tinham o ex-metalúrgico nas mãos. De fato o tinham, pois usando um bordão do próprio ex-presidente “nunca antes na história deste país” os banqueiros lucraram tanto como na era Lula.

Nos últimos meses, os bancos passaram a externar preocupação com a economia e principalmente com a política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que está às voltas com a crise internacional. Com os grandes bancos divulgando resultados menores, como foi o caso do Itau Unibanco, e projetando calotes bilionários, o brasileiro deve estar atento para os próximos passos, pois antes de os banqueiros quebrarem o Brasil os brasileiros já terão ido pelo ralo.

Para minimizar as perdas, os bancos devem restringir o acesso ao crédito, o que provocará reflexos imediatos na economia, cuja bóia de salvação, segundo os palacianos, é a alta do consumo interno. Como sem crédito não há consumo, Dilma que se apresse e encomende uma cartola, pois dela precisará sair um sem fim de coelhos.