Assad continua com carnificina na Síria, mas Dilma prefere o silêncio diante das atrocidades

Boca fechada – No encontro que teve com David Cameron, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, a presidente Dilma Rousseff disse ser contra uma intervenção militar na Síria, que há dezesseis meses vive sob intensa disputa entre o governo do ditador Bashar al Assad e a oposição. A alegação da presidente brasileira é que uma ação bélica internacional poderia repetir na Síria o que ocorreu no Iraque e no Afeganistão.

A exemplo da postura adotada em relação às atrocidades cometidas pelos facínoras Fidel e Raúl Castro, em Cuba, Mahmoud Ahmadinejad, no Irã, e pelo finado Muammar al-Khaddafi, na Líbia, Dilma Rousseff, reverberando o pensamento totalitarista da esquerda mundial, simplesmente ignora a carnificina que ocorre na Síria. Patrocinada por Bashar al Assad, a matança indiscriminada tem contado com o uso de toda a força militar síria, sendo que em a selvageria tem prevalecido na extensa maioria dos casos.

Dilma finge ignorar o que acontece na Síria, mas determinou ao Itamaraty a imediata retirada dos funcionários da embaixada brasileira em Damasco. Diante da ameaça de uma ação militar internacional, Assad sinalizou com a possibilidade de usar armas químicas contra os invasores. Tal declaração, por si só, é motivo suficiente para uma força militar coordenada pela ONU invadir a Síria, pois o Oriente Médio não pode ser refém de um tresloucado que faz da violência o trampolim para se manter no poder.

As crueldade das tropas de Bashar al Assad é tamanha, que em determinadas regiões do país árabe os militares ordenam às mães que escolham o filho que será sacrificado. No Brasil, o desespero de muitas famílias sírias se deve ao recente anúncio de que o governo autorizou o bombardeio da cidade de Aleppo, terra natal de muitos dos que aqui estão.

Filho do nada democrático Hafez al Assad, a quem sucedeu, e na presidência da Síria há doze anos, Bashar al Assad é um criminoso que não mede consequências e deve ser processado por crime contra a humanidade. Temida na região por ser um reduto de terroristas fundamentalistas, a Síria esteve por trás de muitos momentos de instabilidade política no Líbano, país que no passado foi considerado como uma das maravilhas do planeta, mas acabou destruído pela visão obtusa dos que brigam pelo poder.

Em hipótese alguma o governo brasileiro pode silenciar diante das atrocidades cometidas por Bashar al Assad, como se a conduta do ditador sírio fosse normal. Caso queira manter o sonho de conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, o governo brasileiro deve adotar posições firmes e claras. A decisão de dar guarida a ditadores serve apenas para transformar o sonho em pesadelo.

Ao endossar ações como a de Fidel, Assad e Ahmadinejad, o governo do PT mostra de maneira clara o que pode acontecer se o projeto totalitarista da legenda for contrariado. Com a devida licença do folclórico ex-senador Mão Santa, “atentai bem, ó Brasil!”.