Sol quadrado – Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi levada para a Superintendência da Polícia Federal, em Goiânia, sob suspeita de oferecer R$ 100 mil para o juiz que cuida da ação penal decorrente da Operação Monte Carlo. A PF cumpriu mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça Federal de Goiás.
Eleita como a musa da CPI do Cachoeira, que tramita no Congresso Nacional, Andressa Mendonça chegou na manhã desta segunda-feira (30) à sede da PF em Goiânia. A suspeita é que o dinheiro teria sido oferecido ao juiz Alderico Santos, da 11ª Vara Federal de Goiânia, que assumiu o comando do caso, cujas audiências começaram na última semana. Alderico Santos assumiu o caso depois que o titular da ação penal, Paulo Augusto Moreira Lima, pediu para ser substituído por causa de ameaças.
As informações foram dadas pelo delegado Sandro Paes Sandre, da Polícia Federal de Goiás, durante entrevista coletiva concedida no final da manhã desta segunda-feira. “Caso essas medidas não sejam atendidas, Andressa terá a prisão preventiva decretada e ficará presa na PF”, disse o delegado. “Se for comprovada a oferta, ela pode pegar de 2 a 12 anos de reclusão pelo crime de corrupção ativa e ficará presa na PF”, completou.
Efeito Cachoeira
Caso Andressa Mendonça enfrente problemas com a Justiça, o que não é impossível, os envolvidos no escândalo que levou Carlinhos Cachoeira para a prisão devem estar atentos, pois o contraventor não assimilará tão facilmente qualquer decisão que penalize sua mulher, q a quem fez declarações de amor recente audiência na Justiça Federal. Cachoeira, como se sabe, é um arquivo vivo e deve revelar novos detalhes do esquema como forma transversa de mandar recado aos que estão no poder.