Sem moral para criticar adversários políticos, Fernando Haddad deve se limitar à própria insignificância

Papo furado – Ex-ministro da Educação, com pífia passagem pela pasta, Fernando Haddad não tem qualquer vocação para ser candidato, mas segue a cartilha que a equipe de Luiz Inácio da Silva lhe impõe. Escolhido pelo ex-metalúrgico, em ato autoritário, para disputar a prefeitura da maior cidade brasileira, Haddad continua empacado nas pesquisas de intenção de voto e começa a colocar as mangas de fora.

Em entrevista, o ex-ministro disse que há muito que fazer na cidade de São Paulo, em especial na área da saúde, mas aproveitou a oportunidade para creditar esses desacertos à administração Serra-Kassab. É de conhecimento que o prefeito paulistano Gilberto Kassab foi candidato a vice de Serra na eleição de 2004, quando a dupla derrotou Marta Suplicy, mas o tucano deixou a prefeitura para disputar o governo de São Paulo em 2006. Desde então, a cidade está nas mãos de Kassab, que certamente não é o melhor prefeito paulistano da história.

Querer puxar José Serra para o olho do furacão enfrentado por Kassab é um claro sinal do desespero do candidato petista. Se essa regra vale de forma isonômica, a paralisia do governo da presidente Dilma Vana Rousseff é culpa do messiânico Lula.

Fernando Haddad não tem moral para fazer qualquer tipo de crítica a adversários políticos, pois sua passagem pelo Ministério da Educação foi desastrosa, o que pode ser facilmente comprovado na greve dos professores federais, que já dura mais de dois meses e paralisa dezenas de instituições de ensino superior. Sem contar os escândalos que marcaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Se a teoria do sucessor vale como base de críticas, Haddad precisa explicar o fraco desempenho do “irrevogável” Aloizio Mercadante à frente do Ministério da Educação.