Previsões para o PIB em 2012 são sombrias e mostram que virtuosismo anunciado por Lula era engodo

Ladeira abaixo – Consultados pelo Banco Central (BC), analistas do mercado financeiro reduziram pela segunda semana consecutiva a projeção para o crescimento da economia em 2012. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,85% para 1,81%. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. Os resultados da consulta estão no boletim Focus, publicação semanal do BC que traz projeções do mercado financeiro para indicadores da economia.

No âmbito da produção industrial em 2012, as projeções pioram há onze semanas. Desta vez, a estimativa de queda passou de 0,69% para 1%. Para 2013, a expectativa é que haja recuperação, com crescimento de 4,3%, ante os 4,4% previstos no boletim divulgado na última semana.

Entre o que dizem os palacianos e o que esperamos analistas financeiros há uma brutal diferença. E é nesse relevante detalhe que mora o perigo da economia brasileira. Enquanto o governo insiste na tese de que apenas o consumo interno será capaz de minimizar os efeitos da crise econômica internacional, os números mostram que consumir não será tarefa tão fácil como se anuncia.

O que o governo da presidente Dilma Rousseff busca é repetir a irresponsabilidade protagonizada por Lula a partir de 2008, quando teve início a onde de consumismo que serviu para empurrar o cidadão ao endividamento recorde e disparar a inadimplência.

Com mais de dois terços da população economicamente ativa recebendo menos de dois salários mínimos por mês, apostar em consumo é desconhecer a realidade. Isso mostra que a bolha de virtuosismo lançada por Lula começa a estourar, produzindo consequências muitas vezes incontornáveis. Sempre incensado por um messianismo falso e barato, Lula patrocinou estragos que exigirão dos brasileiros pelo menos cinco décadas de esforço para serem sanados.

O mais interessante é que a imprensa brasileira continua dando espaço a um irresponsável que acredita ser a derradeira solução do planeta, como se a raça humana precisasse de um apedeuta que posa de herdeiro de Aladim.