Dilma e assessores continuam camuflando a crise, mas donos de pizzarias de SP estão preocupados

Sinal vermelho – Quem nunca ouviu alguém dizendo que os restaurantes são a praia dos paulistanos? Maior cidade do País, São Paulo tem restaurantes para todos os paladares. Prova disso são os quase dez mil estabelecimentos que se espalham por uma metrópole que já é considerada como a capital gastronômica do planeta.

Com a onda do crédito fácil, muitos brasileiros viraram as costas para o fogão de casa e passaram a comer fora. E de uma hora para outra os restaurantes começaram a enfrentar uma espécie de congestionamento de clientes.

O tempo passou e repentinamente os restaurantes começaram a enfrentar os efeitos colaterais da crise econômica que singrou as águas do Atlântico e desembarcou em terras brasileiras. Os mais badalados restaurantes da cidade, frequentados por poderosos e endinheirados, foram obrigados a drásticas reduções de custo. Ingredientes menos nobres começaram a entrar em cena e grandes chefs têm sido substituídos por profissionais menos estrelados.

Enquanto as autoridades econômicas do governo fingem ignorar a crise e torcem para que os brasileiros consumam de forma exacerbada, a pizzaria da esquina mais próxima já não sabe o que fazer para driblar as dificuldades. Em conversa com o editor do site, alguns proprietários de conhecidas pizzarias da cidade foram uníssonos na reclamação. A crise chegou para valer. Os estabelecimentos continuam cheios, mas a média de gastos despencou. Ou seja, um dos mais conhecidos hábitos gastronômicos da Pauliceia Desvairada foi mantido, mas o cidadão fechou a boca para não comprometer o bolso.

A situação torna-se ainda pior por causa do preço final do produto. Uma família com quatro pessoas que tem o hábito de aos domingos reunir-se à volta de uma apetitosa redonda terá de reservar pelo menos R$ 600 mensais para o que agora começa a ser uma extravagância: uma pizza. E que não se atrevam a pedir bebida alcoólica e sobremesa.

Sempre complexos e nada verdadeiros, os números destilados pelos inquilinos do Palácio do Planalto nem de longe traduzem a dura realidade do cotidiano. Quando o povo descobrir a verdade, por certo será tarde demais.