Após anúncio de privatização de rodovias e ferrovias, Planalto tem dois escândalos pela frente

Ponto de bala – A presidente Dilma Rousseff não inovou desde que chegou ao poder central e tem repetido os antecessores, que durante suas respectivas gestões se valeram dos regulares anúncios de planos, muitos deles mirabolantes e que jamais saíram do papel. Tanto é assim, que uma área do Palácio do Planalto onde costumeiramente acontecem os tais lançamentos oficiais foi batizada pelos jornalistas políticos de “Cabo Canaveral”, ponto de partida dos muitos foguetes da agência espacial norte-americana.

Enquanto o governo se dedica a criar factóides para camuflar os nefastos efeitos da crise, há em curso na Esplanada dos Ministérios pelo menos dois grandes escândalos, que podem vir à tona a qualquer momento.

O primeiro deles envolve compras direcionadas e nada ortodoxas realizadas por um ministério, comandado por pessoa próxima à presidente Dilma Rousseff. E se o escândalo eclodir o efeito será devastador. O outro é de ordem pessoal, mas as consequências, que no mínimo podem ser classificadas como explosivas, devem tirar o cargo de um pomposo ministro que por causa da formação profissional tem planos mais ousados.

Recentemente, quando um assunto conjugal alvejou dois destacados integrantes do staff do governo, a presidente chamou os litigantes para uma conversa reservada, em palácio, e cobrou uma solução imediata. O assunto saiu de pauta, mas o problema não foi resolvido. Se Dilma Rousseff não entrar em cena mais uma vez, a onda de escândalos voltará a rondar o Palácio do Planalto.