Repercute mal a tentativa de Lula de decidir o futuro do técnico da seleção brasileira de futebol

Anos de chumbo – Quando Luiz Inácio da Silva assumiu o poder central em janeiro de 2003, o ucho.info alertou para o fato de que o Brasil iniciava naquele momento uma caminhada rumo à “cubanização”. Por mais que parecesse estranho para muitos incautos, que acreditavam na ampliação da liberdade com a chegada do PT ao poder, o País entrou em um novo modelo ditatorial. Saíram de cena os métodos truculentos usados durante a ditadura militar, abrindo espaço para o controle persecutório e o estrangulamento financeiro daqueles que fazem oposição ao Palácio do Planalto.

À época, o ucho.info foi duramente criticado por seu posicionamento contrário aos interesses escusos do Partido dos Trabalhadores, mas lá se vão quase dez anos de uma realidade preocupante. Usando o populismo como cortina de fumaça para um projeto totalitarista que jamais deixou de avançar.

Os tentáculos lançados por Lula são tão extensos e peçonhentos, que até mesmo a permanência do técnico da seleção brasileira no cargo está condicionada à opinião do ex-metalúrgico. Como noticiamos em matéria publicada nesta terça-feira (21) na seção de Esportes, a decisão sobre o futuro de Mano Menezes será tomada em encontro que reunirá dirigentes da CBF e o ex-presidente da República.

Que José Maria Marin, presidente da CBF, é um político por natureza todos sabem, mas cheira a ranço de capacho a iniciativa de consultar Lula sobre a possível demissão do técnico da seleção brasileira. Esse tipo de situação remete às mais truculentas ditaduras existentes no planeta, ao mesmo tempo em que mostra à sociedade o perigo que ronda a nação diuturnamente.

A repercussão da notícia nos veículos de comunicação é a pior possível, mas não demorará muito para que entre em ação a tropa cibernética contratada a peso de ouro pelo Partido dos Trabalhadores. Enquanto jornalistas conhecidos, devidamente remunerados, surgirão em cena para dizer que tudo não passa de inveja da oposição, nos bastidores a covardia tecnológica se materializará com ataques repentinos a servidores e computadores, além de ameaças e perseguições.

Lula forçou a barra em relação a Mano Menezes na esperança de ressurgir na mídia como salvador do futebol nacional, mas seu plano pode acabar em um vergonhoso pênalti político. A ingerência por certo será desqualificada, mas passou a existir logo após a seleção perder a disputa pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, ocasião em que o ex-presidente telefonou para Mano Menezes para prestar solidariedade na derrota. Cabe à massa pensante nacional pressionar incansavelmente para que isso aconteça, pois do contrário daremos mais um largo passo à chamada ditadura ideal, se é que isso realmente existe.