Petistas usam prisão de agentes de Carlinhos Cachoeira para minimizar voto em favor de João Paulo Cunha

Pano de fundo – Nada como um governo que dispõe de uma catapulta de factóides para abafar escândalos e minimizar os efeitos de fatos indesejados. Assim trabalha o governo do PT, que conta com o apoio de companheiros com mandato eletivo para manter a falsa aura de probidade. Em passado não tão distante, o Palácio do Planalto usava a descoberta de novas reservas de petróleo para camuflar os imbróglios protagonizados por apaniguados.

Com o julgamento do Mensalão do PT em marcha e a polêmica que envolve o voto do ministro-revisor Ricardo Lewandowski, que votou pela absolvição do petista João Paulo Cunha, a saída foi criar um novo capítulo para a novela que tem Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, como protagonista.

Nas primeiras horas desta sexta-feira (24), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Jackpot e prendeu três pessoas que exploravam o jogo ilegal e tinham ligações com o contraventor goiano que é alvo de CPI no Congresso Nacional.

De acordo com o delegado que comandou a operação policial, Carlinhos Cachoeira, mesmo preso, continuava comandando seus negócios, a começar pela exploração de jogos ilegais. É importante frisar que jogo ilegal existe em todo o País, do Oiapoque ao Chuí, sem que as autoridades tomem qualquer providência. E não será uma ação policial isolada que interromperá as atividades dos contraventores.

Colocado em prática no dia errado, pois escândalo que eclode à porta do final de semana chega morto na segunda-feira, o plano só foi concretizado porque era preciso uma cortina de fumaça para desviar a atenção da opinião pública, indignada com a absolvição do deputado-mensaleiro. Coincidência ou não, o Distrito Federal está sob o comando do neopetista Agnelo Queiroz. Mas isso é apenas um detalhe.