Ayres Britto vota pela condenação do petista João Paulo Cunha e placar final sobe para 9 a 2

Pá de cal – Presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Ayres Britto confirmou as expectativas e votou pela condenação dos cinco réus que foram alvo da primeira parte do julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470), maior escândalo de corrupção da história brasileira e que teve a anuência de Luiz Inácio da Silva.

Ayres Britto, que já havia sinalizado que acompanharia o voto do relator, disse, ao final de sua fala, que acompanha na íntegra a decisão do ministro Joaquim Barbosa. De tal modo, o deputado federal João Paulo Cunha, candidato do PT à prefeitura de Osasco, cidade da Grande São Paulo, foi condenado por nove dos onze ministros da mais alta Corte da Justiça.

Também foram condenados pelo presidente do STF o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, seus ex-sócios Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach, além de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil.

O voto de Ayres Britto foi o último ato para sepultar, de forma inconteste, a tese fraudulenta de que o mensalão foi uma invencionice dos adversários do PT e de que tudo não passou de caixa 2 de campanha, como se esse tipo de conduta não fosse crime.

Com a condenação, mas na dependência da tramitação de eventuais recursos por parte da defesa, João Paulo Cunha poderá ter o registro de sua candidatura cassado com base na Lei da Ficha Limpa. Fora isso, diante do fato de a maioria dos ministros ter votado pela condenação dos acusados o PT poderá enfrentar os efeitos colaterais da decisão do colegiado. Apenas os ministros Ricardo Lewandowski (revisor) e José Antônio Dias Toffoli votaram pela absolvição de João Paulo.