Mudez tecnológica – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cedeu à pressão das operadoras de telefonia celular e liberou a venda de novas linhas, sob a promessa de investimentos para melhorar os serviços, mas não é isso que enfrentam os usuários no dia a dia. Em São Paulo, maior cidade brasileira, onde a concentração de telefones celulares por antena é o dobro da média nacional das capitais, realizar uma chamada é um desafio constante. Quando se consegue, completar uma conversa exige na maioria das vezes pelo menos três chamadas.
Enquanto torra verdadeiras fortunas com campanhas publicitárias enganosas, prometendo aos incautos serviços de qualidade e última geração, a Claro transformou-se no grande fiasco das telecomunicações nesse país sem lei chamado Brasil. Quem ousa reclamar dos serviços da Claro precisa ter tempo e paciência de sobra, pois a qualidade do serviço de atendimento ao cliente é de fazer inveja a países subdesenvolvidos, tamanho é o desconhecimento dos atendentes, que em determinadas ocasiões desafiam e ofendem os clientes.
A situação torna-se ainda mais complexa e desleal quando o usuário, vítima do excesso de ligações complementares, o que aumenta o valor da conta, paga a fatura com quatro ou cinco dias de atraso. Conforme relatou um leitor do ucho.info, a Claro age como se prestasse o melhor serviço de telefonia do planeta e bloqueia o telefone para a realização de chamadas.
Considerando que a Claro, companhia de propriedade do empresário mexicano Carlos Slim, promete uma coisa e entrega outra infinitamente pior, o melhor lugar para resolver tais problemas é a delegacia de polícia mais próxima, uma vez que a Anatel continua dormindo em berço esplêndido, com a irresponsável anuência do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva. Mas no Brasil esse tipo de situação é compreensível, pois estamos em ano de eleições e os partidos políticos precisam cada vez mais de dinheiro, não importando a origem.