Mal contado – A saúde do ex-presidente Luiz Inácio da Silva volta a suscitar discussões, desta vez no campo político. E o assunto contrapôs o próprio ex-metalúrgico e o candidato petista à prefeitura de Teresina, senador Wellington Dias, ex-governador do Piauí. Após Lula não participar de comício na capital piauiense, Wellington afirmou que a ausência se deveu a uma queda da imunidade do ex-metalúrgico, que recentemente passou por tratamento contra um câncer na laringe.
Como noticiou a imprensa, a assessoria de Lula divulgou nota informando que o ex-presidente não está com problemas de saúde e que o petista não participaria do comício de Wellington Dias. Como se sabe, Lula, enquanto presidente, sempre tratou com deferência o então governador Wellington Dias, que não se valeria de expediente tão sórdido e delicado para justificar a ausência do companheiro de legenda.
Para aumentar ainda mais a polêmica em torno do assunto, o PT decidiu, depois das primeiras condenações surgidas a partir do julgamento do mensalão, intensificar as campanhas nas capitais brasileiras, em especial no Nordeste, como forma recuperar o terreno perdido e criar um factóide para minimizar os efeitos das decisões do Supremo Tribunal Federal.
Recentemente, Lula aumentou o número de sessões semanais de fonoaudiologia em decorrência de um edema na laringe. Fora isso, em algumas incursões nos programas políticos de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura paulistana, Lula apareceu com visível saliência na parte anterior do pescoço, o que chamou a atenção de muitos telespectadores.
Como se sabe, um paciente que se submeteu a tratamento contra um câncer só é considerado plenamente curado após cinco anos da alta médica, período em que podem aparecer as chamadas recidivas. Não se trata de duvidar da competência e da idoneidade dos médicos que integram a equipe que acompanham o ex-presidente, mas trata-se de um caso atípico, em que os interesses políticos do paciente muitas vezes se sobrepõem à verdade dos fatos.