Apoio de Marta Suplicy ao petista Haddad poderá ser compensado com o Ministério da Cultura

Balcão de negócios – Ana de Hollanda durou muito além do esperado como ministra da Cultura, mas sua demissão deve ser anunciada nas próximas horas. Enfrentando uma zona de conflito com o governo desde sua chegada à Esplanada dos Ministérios, Ana de Hollanda deixa o cargo sem ter feito algo expressivo em prol da cultura nacional, possivelmente por dificuldades na obtenção de verbas federais. Aliás, esse foi o motivo derradeiro para que a presidente Dilma Rousseff decidisse pela saída da ministra.

Criticada por diversos segmentos da área cultural, Ana de Hollanda foi mantida no cargo por decisão da presidente, que preferiu não ceder às pressões externas, o que a colocaria em situação de fragilidade política. A chamada “pá de cal” para a saída de Ana de Hollanda foi o vazamento de uma carta enviada à ministra Miriam Belchior, do Planejamento, no dia 27 de agosto, em que a titular da Cultura pleiteava verbas para a pasta.

Uma das cotadas para assumir o Ministério da Cultura é a senadora petista Marta Suplicy (SP), que não mudou de opinião em relação a Fernando Haddad apenas por convicções ideológicas ou porque prevaleceu o poder de persuasão do ex-presidente Lula, com quem a ex-prefeita se reuniu recentemente. Como antecipou o ucho.info, há meses, a entrada de Marta Suplicy na campanha de Haddad dependia de uma negociação envolvendo algo que fosse além do esforço político.