Dedos cruzados – Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster terá uma missão nada fácil na tarde desta terça-feira (11). Enfrentar os senadores oposicionistas que integram a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, que ouve a dirigente da estatal petrolífera. Com o Congresso Nacional em “recesso branco” por causa das eleições municipais e a CPI do Cachoeira paralisada pela mesma razão, Maria das Graças Foster será a bola da vez.
O depoimento da presidente da Petrobras estava marcado para o período da manhã, mas o anúncio oficial da redução das tarifas de energia elétrica, pela presidente Dilma Rousseff, fez com que a audiência fosse postergada pela Comissão. A mudança foi necessária não apenas porque coincidiria com a solenidade oficial, mas porque os petistas palacianos querem acompanhar o depoimento de Maria das Graças Foster, que será bombardeada por uma oposição sedenta e que quer se vingar da boataria que marcou a corrida presidencial de 2006, quando o PT suscitou a possibilidade de privatização da Petrobras em caso de vitória tucana.
Maria das Graças Foster aterrissará na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no momento em que a estatal enfrenta problemas de toda ordem: queda na produção de petróleo, prejuízos bilionários, necessidade de aumento dos preços dos combustíveis e denúncias de poluição do litoral fluminense, em especial da Baía da Guanabara.
A preocupação dos palacianos com a fala da presidente da Petrobras está centrada na sua reconhecida trajetória como funcionária de carreira da empresa, o que pode levá-la a tirar do armário os esqueletos da administração do antecessor, o petista José Sérgio Gabrielli de Azevedo, o que provocaria mais um enorme estrago no desempenho petista nas eleições municipais.