Perna curta – O governo da presidente Dilma Vana Rousseff continua faltando com a verdade quando o assunto é o encolhimento da economia nacional. Ainda ministro da Fazenda e alvo de galhofas constantes no mercado financeiro, o petista Guido Mantega disse, há dias, que no segundo semestre a economia está em franca expansão. Para reforçar sua afirmação, Mantega destacou as recentes medidas adotadas para garantir a retomada do crescimento econômico.
Pela sétima semana consecutiva, analistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, caiu e desta vez passou de 1,62% para 1,57%. Para o próximo ano, a projeção do crescimento econômico foi mantida em 4%. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (17) e constam do Boletim Focus, do Banco Central, órgão que está sob o guarda-chuva do Ministério da Fazenda.
Também têm piorado, há 16 semanas seguidas, as projeções para a retração da produção industrial, este ano. Desta vez, a estimativa de queda passou de 1,89% para 1,92%. No próximo ano, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 4,25%, menor que a estimativa anterior (4,5%).
Tais dados mostram não apenas a falta de competência dos palacianos para enfrentar a crise, mas a teimosia do governo em não promover reformas estruturais e definitivas, começando pelo setor tributário, que sacrifica diuturnamente os cidadãos. De tal modo, torna-se impossível acreditar na fórmula mágica anunciada por Dilma e Mantega, de que a economia reagirá com base no consumo interno.
Diferentemente do que alega a presidente da República, que recentemente saiu em defesa do seu antecessor, a herança deixada pelo messiânico e agora enrolado Luiz Inácio da Silva é muito maior do que se imaginava. Durante os oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, Lula se dedicou à conivência com a corrupção e a manter no ar uma bolha de virtuosismo que começa a estourar.