Recuo de Haddad em pesquisa mostra que Dilma pagou caro demais pelo apoio de Marta Suplicy

Para trás – Os resultados da nova pesquisa Datafolha para a prefeitura de São Paulo, divulgados na noite de quarta-feira (19), mostram um cenário quase definido. Candidato do PRB, Celso Russomanno lidera a disputa com 35% de intenção de voto. Em segundo lugar aparece o tucano José Serra, com 21%, e em terceiro, o petista Fernando Haddad com 15%. Dentro de mais alguns dias será possível afirmar qual candidato duelará com Russomanno no segundo turno, mas por enquanto tudo indica que será José Serra.

O novo quadro da corrida ao trono paulistano deixa claro que as primeiras condenações no caso do Mensalão do PT surtiram efeito negativo na campanha do petista Fernando Haddad, que recuou três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Caso a eleição fosse hoje, Haddad seria o primeiro candidato do PT a não participar do segundo turno, desde o fim da ditadura militar. Uma situação inédita, que reflete o momento que o Partido dos Trabalhadores enfrenta em todo o território nacional por causa dos escândalos de corrupção.

Fora isso, a escolha de Haddad pode ter sido um enorme erro político do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que impôs aos “companheiros” a candidatura do ex-ministro da Educação sob a desculpa de que era preciso renovar. Acontece que muitas a renovação exige inovação. Por outro lado, a queda de Fernando Haddad deixa evidente que a entrada de Marta Suplicy na campanha do petista em nada contribuiu. Ou seja, um ministério em troca de apoio inócuo foi um preço alto demais pago pelo Palácio do Planalto