Malandragem olímpica – O primeiro escândalo envolvendo os Jogos Olímpicos de 2015, no Rio de Janeiro, já aconteceu. E foi sob o manto verde-louro da suposta probidade alardeada pelas autoridades envolvidas com o evento esportivo.
Sob a ameaça de ingressar na Justiça, dirigentes do Comitê Londres 2012 acusaram nove brasileiros, que fazem parte da organização da Olimpíada do Rio, de roubo de informações confidenciais.
Presidente do Comitê londrino, Sebastian Cole telefonou para Carlos Arthur Nuzman cobrando providências, tão logo descobriu que arquivos tinham sido copiados sem autorização. O escândalo é tamanho, que uma equipe saiu de Londres com destino ao Rio de Janeiro para conferir se os tais arquivos foram realmente apagados, como solicitado. O que, como se sabe, foi feito apenas para ludibriar os ingleses.
Acostumado a abafar escândalos que rondam o sempre misterioso Comitê Olímpico Brasileiro, Nuzman mais uma vez entrou em ação para evitar que o imbróglio ganhasse outras proporções e saísse do seu controle. Por enquanto, os envolvidos diretamente na “gatunagem” foram demitidos, o que, dependendo da coragem de Carlos Nuzman, pode ser estendido a quem autorizou a operação ilegal.
Cordialmente recebidos em Londres, membros do Comitê Rio 2016 receberam na capital inglesa as senhas que permitiam o acesso a dados sobre a competição, úteis para os próximos Jogos e que no momento adequado seriam disponibilizados às autoridades brasileiras.Extremamente confidenciais e de propriedade do Comitê Olímpico Internacional, alguns documentos, sobre planejamento estratégico e questões ligadas à segurança dos Jogos, acabou surrupiada no melhor jeitinho brasileiro.
Como os computadores dos Jogos de Londres são dotados de rígido esquema de segurança, não foi difícil detectar que foi além do normal o volume de documentos copiados sem autorização. Os analistas ingleses chegaram, por meio das senhas de acesso, aos nomes dos responsáveis pela “gatunagem”. Coisas do Brasil!