Mensalão e incompetência de Tarso Genro fazem candidato petista empacar em Porto Alegre

Efeito cascata – Se depender das pesquisas eleitorais, não será desta vez que a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), um dos rostinhos festejados da esquerda verde-loura, arrebatará a prefeitura de Porto Alegre. De acordo com os resultados da pesquisa Ibope divulgados na última sexta-feira (21), Manuela tem 28% das intenções de voto, contra 45% do prefeito José Fortunati, do PDT. Na pesquisa anterior, feita há três semanas, aproximadamente, Fortunati tinha 37%, enquanto Manuela, 35%. Ou seja, estavam tecnicamente empatados. A prevalecer o cenário atual, José Fortunati tem chances de se reeleger ainda no primeiro turno.

A situação é pior para o PT, que, além dos efeitos colaterais do julgamento do mensalão, tem no Rio Grande do Sul um cabo eleitoral às avessas: o governador Tarso Genro, o peremptório. Gazeteiro de quadro costado e dono de incompetência conhecida, Genro até agora não conseguiu turbinar a campanha do petista Adão Villaverde, que aparece na pesquisa encomendada pelo grupo RBS com míseros 10% de intenções de voto.

Até o momento, Lula não se ofereceu para ajudar o companheiro Villaverde, participando de algum comício na capital gaúcha, com claque comprada como aconteceu há dias em Salvador. Uma eventual incursão do ex-metalúrgico em Porto Alegre pode piorar ainda mais a situação.

Dilma Rousseff, que tem seu berço político na terra de chimangos e maragatos, até poderia dar uma mão ao companheiro Adão Villaverde, mas para isso teria de atacar José Fortunati, que é do PDT, partido do qual fez parte da presidente, nos tempos em que ela criticava com veemência os petistas, que dela mereciam o tratamento de “essa gente”. Dilma ingressou no PDT a convite de Leonel de Moura Brizola.

Traduzindo para o velho e bom idioma dessa barafunda chamada Brasil, Porto Alegre é mais uma das importantes capitais brasileiras onde o PT tem todos os ingredientes para naufragar.