Petistas insistem na troca da inoperante e insossa Gleisi Hoffmann pelo “irrevogável” Mercadante

Estorvo político – Quando o ser humano tem consigo algo que lhe incomoda, a tendência é livrar-se o quanto antes do transtorno. Assim também acontece na seara política, pois os eleitores de alguns estados quando alguns políticos deixam de representá-los. É o caso de Aloizio Mercadante (PT-SP), que em 2010 tentou mais uma vez, sem sucesso algum, o governo paulista, e como prêmio de consolação recebeu o Ministério de Ciência e Tecnologia. Faz-se necessário lembrar que na condição de senador, Mercadante foi o pior representante que o estado de São Paulo teve na Câmara Alta, sem ter feito nada de relevante em prol do povo paulista.

Com a saída do não menos incompetente Fernando Haddad, que foi imposto por Lula como candidato do PT à prefeitura paulistana, Aloizio Mercadante assumiu o Ministério da Educação. Desde que assumiu a pasta, a única medida que tomou e que mereceu destaque foi criticar os professores das universidades federais que protagonizaram greve de quase quatro meses. Postura típica de comunista que sem lambuza com o direitismo que só o poder proporciona.

Agora, com mudanças no primeiro escalão do governo Dilma sendo analisadas, o nome de Mercadante surge como eventual substituto da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que até agora não conseguiu provar os motivos que a levaram ao cargo. A troca seria uma forma de viabilizar a candidatura de Gleisi ao governo do Paraná em 2014. Ela voltaria ao Senado, onde poderia defender assuntos de interesse do importante estado da federação. A operação tem como objetivo permitir ao PT tomar do tucano Beto Richa o Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense.

Caso aceite a sugestão da cúpula petista, convidando Mercadante para a Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff estará levando ao Palácio do Planalto um dos beneficiários do fatídico Dossiê Cuiabá, conjunto de documentos apócrifos contra candidatos tucanos que disputavam as eleições de 2006 – Geraldo Alckmin concorreu à presidência, enquanto José Serra disputou o venceu a corrida ao governo paulista.

Na ocasião, os aloprados – assim foram chamados por Lula os operadores do escândalo – foram presos pela Polícia Federal com R$ 1,7 milhão em espécie, dinheiro que seria utilizado para pagar a produção do tal dossiê. Aloizio Mercadante, que naquele ano disputava o direito de ocupar o Palácio dos Bandeirantes, teve o seu principal assessor de campanha, Hamilton Lacerda, acusado de participação na operação criminosa, cujo dinheiro até hoje não teve a origem comprovada e ninguém reclamou sua propriedade.

Aloizio Mercadante, que como político tem uma trajetória sombria, só não foi denunciado como partícipe da farsa porque palacianos, a mando de Lula, operaram fortemente nos bastidores do poder. De volta ao Senado, o agora ministro da Educação foi o personagem central de um dos mais vexatórios episódios para um político que jacta-se de ser um expoente. Depois de renunciar em caráter “irrevogável” à liderança do PT no Senado, por discordar dos métodos adotados pelo Palácio do Planalto para manter a chamada base aliada, Mercadante enfrentou uma dura carraspana de Lula. Depois do pito, o então senador voltou à tribuna da Casa e disse que considerou o pedido de Lula (quem acompanhou garantiu que foi uma vexatória bronca) e que revogava o irrevogável.

Pois bem, livrar-se de Mercadante é o sonho da extensa maioria dos paulistas, mas é preciso reconhecer que o Brasil não merece um chefe da Casa Civil desse naipe. Para quem teve no comando Golbery do Couto e Silva (aqui não está julgamento a ideologia política, mas a competência), a Casa Civil não pode se perder na história e no tempo. Quando o ucho.info afirma que o governo do PT é de incompetentes conhecidos, a esquerda verde-loura fica em polvorosa. Mas um governo que aposta suas fichas em Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante é o que se pode chamar de fim de linha.