Dilma se apequena diante de escândalo olímpico e aceita desculpa esfarrapada e covarde de Comitê

Ficou calada – Não faz muito tempo, a presidente Dilma Vana Rousseff, que jamais manteve boas relações com Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, manifestou seu desejo de interferir no comando da entidade máxima do futebol brasileiro, o que só ocorreu na época da ditadura militar, quando o general Emílio Garrastazu Médici ordenou a demissão do comunista João Saldanha, que às vésperas da Copa de 70 foi substituído pelo competentíssimo Mário Jorge Lobo Zagallo.

A ideia de Dilma era interromper os desmandos que ainda reinam na CBF, como se o seu governo fosse uma usina de candura e pudesse interferir ao bel prazer em uma entidade privada. E a manifestação de ingerência se deu no momento em que Teixeira deixou o cargo e foi substituído por José Maria Marin. Até mesmo o ministro do Esporte, o agora sumido Aldo Rebelo, deu declarações encomendadas pelo Palácio do Planalto, mas que não surtiram efeito algum.

Com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro sendo alvo do primeiro escândalo, o roubo de informações do Comitê de Londres, já aqui noticiado, o Palácio do Planalto preferiu o silêncio, quando deveria ter se manifestado pronta e publicamente contra o ocorrido. Apenas o ministro Aldo Rebelo, depois de alguns dias, se limitou a classificar o episódio como “incidente lamentável”.

Como sempre acontece quando há escândalos, as autoridades do Comitê Organizador da Olimpíada, após seguidas reuniões, afirmaram que os dez funcionários envolvidos no caso, já demitidos, “agiram por iniciativa própria, sem o conhecimento de seus chefes e de nenhuma outra liderança do Rio 2016”. Trata-se de uma conclusão no mínimo absurda, de quem opta pela injustiça para manter o poder.

No caso do governo de Dilma Rousseff, a opção pelo silêncio é ainda mais vexatória, principalmente para quem arquitetava um golpe na Confederação Brasileira de Futebol. Enfim…