Pela tangente – “O tempo todo eu estive confiante. Sempre falei a verdade e esperava que a Justiça chegasse a essa conclusão. Fico feliz com a decisão”, disse nesta terça-feira (2) o deputado federal Stepan Nercessian (PPS-RJ), ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar o inquérito sobre o seu suposto envolvimento com o grupo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Stepan já se sentia aliviado ao saber que o Ministério Público havia afirmado que não existiam provas contra ele. Agora, com o encerramento do processo, diz que sensação de justiça é uma das melhores alegrias que um homem pode ter. “Sempre me coloquei a disposição de todas as instâncias que estavam investigando o caso e continuo me colocando”, afirmou, ao receber a notícia de que o ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito, acatou o parecer da Procuradoria Geral da República e determinou o arquivamento da investigação.
Stepan Nercessian era investigado por ter recebido de Cachoeira R$ 175 mil. De acordo com o deputado, R$ 160 mil se referiam a um empréstimo, já saldado, para a compra de um apartamento.
Na época da denúncia, o parlamentar, em entrevista, mostrou o recibo de transferência bancária como comprovação de que a dívida foi saldada. Na coletiva aos jornalistas, Nercessian informou que o restante do dinheiro fora usado na compra de ingressos para Cachoeira e amigos assistirem o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Ele argumentou ainda que mantinha apenas uma relação amizade, de mais de 20 anos, com Carlinhos Cachoeira, não tendo qualquer tipo de sociedade com ele.
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), comemorou a notícia em seu twitter. “Excelente noticia para nós do PCB/PPS e amigos de Stepan Nercessian. A denúncia contra ele era vazia segundo a PGR e o STF, que mandou arquivar”, disse.
Para o líder da bancada do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno, o partido sempre confiou na postura de Stepan. “Ele sempre se pautou pela transparência em seus atos. Tanto que, no início do processo, se antecipou à decisão do PPS ao se colocar à disposição do Conselho de Ética e pedir o afastamento do partido. Ele também se ofereceu para dar explicações à CPMI do Cachoeira”, lembrou o líder.