Disputa pela prefeitura de Curitiba prova que Lula erra ao minimizar os efeitos do Mensalão do PT

Antes da hora – Ex-presidente da República e ainda visto como tábua de salvação do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio da Silva errou sobremaneira ao afirmar que o povo não está preocupado com o escândalo do mensalão. Na verdade, pelo menos 70% dos brasileiros querem punição exemplar aos envolvidos no maior caso de corrupção da história do País.

Para provar que Lula está equivocado quando afirma que o julgamento do STF não refletirá nas urnas, a eleição para a prefeitura de Curitiba é o melhor exemplo. Saído recentemente do PSDB e um dos algozes do PT na CPI dos Correios, o ex-deputado federal Gustavo Fruet, agora no PDT, participa da corrida à prefeitura da capital paranaense com o apoio petista.

Terceiro colocado na disputa, de acordo com as pesquisas de intenção de voto, Fruet conquistou o apoio do PT à sua candidatura graças aos interesses políticos da outrora adversária Gleisi Hoffmann, senadora pelo PT do Paraná e atual chefe da Casa Civil. Gleisi, que sonha com o Palácio Iguaçu, pressionou Lula a aceitar a ideia de apoiar Fruet, que acabou refém da conhecida intransigência do eleitor curitibano.

Um das grandes promessas da política nacional e deputado federal mais votado na história do Paraná, Gustavo Fruet passou a ser encarado pelo eleitorado como um “vira-casaca”. O que mostra que os curitibanos esperam, sim, a condenação dos mensaleiros. À frente de Fruet nas pesquisas estão os candidatos Ratinho Júnior (PSC), em primeiro lugar, e o prefeito Luciano Ducci (PSB), em segundo.

O resultado das urnas deste domingo (7) pode ser um duro recado não apenas para Lula, mas também e principalmente para Gleisi Hoffmann, que não faz muito tempo sonhou em suceder Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, mas agora vê o seu projeto de chegar ao governo estadual fazer água. Na verdade, a ministra corre o sério risco de ser mandada de volta ao Senado para cumprir o mandato.