Chiadeira de José Genoino mostra que indicação de Dias Toffoli ao Supremo teve propósito específico

Marionete de luxo – Para o PT, golpe é quando alguém discorda dos objetivos espúrios do partido, não importando se o discordante tem ou não razão. De tal modo, a condenação de petistas envolvidos no maior escândalo de corrupção da história nacional, o Mensalão do PT, é golpe, arquitetado pelas elites, setores da imprensa e pelo Judiciário, segundo os “barbudinhos”.

Pois bem, proferidas as sentenças que condenaram por corrupção ativa três ex-dirigentes petistas – José Dirceu de Oliveira e Silva, Delúbio Soares de Castro e José Genoino Neto –, o PT se organizou com celeridade para afinar um discurso rasteiro e dramático, em que Dirceu e Genoino são apresentados como vítimas, não sem antes serem apresentados à sociedade como injustiçados.

A desfaçatez que marca essa ópera bufa agora encenada pelo PT é tamanha, que nem mesmo as decisões judiciais estão sendo respeitadas. Para piorar a situação, o inconformado José Genoino confirmou o que todos já sabiam. Que o ministro José Antônio Dias Toffoli foi indicado ao Supremo Tribunal Federal para cumprir uma missão partidária. A de salvar a pele dos mensaleiros.

Após ser condenado, Genoino teria feito comentários “impublicáveis” a respeito do voto de Dias Toffoli, revelou o advogado do petista, o criminalista Luiz Fernando Pacheco. Em outras palavras, para a cúpula do PT o ministro Toffoli deveria atuar o tempo todo como pau mandado.

Quando o ucho.info, ainda em 2003, alertava para o perigo de o PT colocar em marcha um projeto de poder totalitarista, por meio de um golpe lento e silencioso, muitos foram os que nos dedicaram críticas de todos os matizes, mas, quase uma década depois, o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do STF, referendou o nosso trabalho ao proferir seu voto no julgamento da Ação Penal 470.

“O objetivo não era corromper sob a inspiração patrimonialista. Um projeto de poder foi feito, não um projeto de governo, que é exposto em praça pública, mas um projeto de poder que vai além de um quadriênio quadruplicado. É um projeto que também é golpe no conteúdo da democracia, o republicanismo, que postula a renovação dos quadros de dirigentes e equiparação das armas com que se disputa a preferência dos votos”, disse Ayres Britto.