Palacianos se apequenam diante do acidente no aeroporto de Viracopos e adotam silêncio covarde

Boca fechada – Com 512 voos cancelados e 40 mil passageiros prejudicados, o fechamento do aeroporto de Viracopos, em Campinas, provocou prejuízo de R$ 20 milhões. A paralisação do segundo mais importante terminal de carga aérea do País se deu por causa de acidente ocorrido com um MD-11 da empresa norte-americana Centurion Cargo, que teve um dos pneus estourados no momento do pouso, na noite do último sábado (13).

Com a única pista interditada para pousos e decolagens, o aeroporto de Viracopos foi liberado somente na segunda-feira (15), depois que a dona da aeronave alugou um equipamento de remoção, chamado de “recovery kit”.

Desdenhando o incidente de forma acintosa, o Palácio do Planalto adotou um estranho e obsequioso silêncio, o que mais uma vez confirma a incompetência de um governo que se dedica às pirotecnias palacianas. É de responsabilidade da Infraero a administração de quase todos os aeroportos brasileiros, mas a estatal se limitou a explicações pífias e nada convincentes.

Repetindo o que sempre acontece no Brasil, as autoridades do setor se empenharão ao máximo para creditar a culpa à Centurion Cargo, como se problemas com aeronaves fossem uma anomalia.

Quando o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, manifestou sua preocupação com a caótica situação dos aeroportos do País, o então presidente Lula chamou de “idiota”, mesmo que de forma inominada e transversa. Se um acidente como o do último sábado ocorrer durante a Copa do Mundo, a imagem do Brasil, diuturnamente maquiada pelo governo, irá pelo ralo.