Mensalão do PT: quatro ministros absolvem os acusados de formação de quadrilha, três condenam

Fechando os olhos – Na sessão desta segunda-feira (22) do julgamento do Mensalão do PT no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes acompanhou o relator e condenou onze dos treze réus no item formação de quadrilha. Para Mendes, houve a composição de “uma engrenagem ilícita” no esquema de compra de parlamentares por meio de mesadas.

“Sem dúvida, entrelaçaram-se interesses, foi inegável a contribuição que visou lograr o interesse de todos. Não se resolveu apenas o problema do PT, do Banco Rural e do governo, houve a formação de uma engrenagem ilícita que atendeu a todos”, disse Gilmar Mendes.

Antes de Mendes votou o ministro Luiz Fux, que também acompanhou o voto do relator Joaquim Barbosa. “Na prática não é fácil demonstrar a existência de quadrilha, antes de seu funcionamento. Aqui, a quadrilha só apareceu quando eclodiu o escândalo”, disse Fux. Ao detalhar seu voto, Luiz Fux foi incisivo: “Aqui temos vários crimes e uma questão que aqui foi debatida de forma oblíqua refere-se à essa quadrilha talvez inexistente porque alguns até não se conheciam”.

Até agora, apenas três ministros votaram pela condenação dos réus: Joaquim Barbosa (relator), Luiz Fux e Gilmar Mendes. Os ministros Ricardo Lewandowski (revisor), Rosa Maria Weber, Cármen Lúcia Antunes Rocha e José Antônio Dias Toffoli votaram pela absolvição dos acusados. Após a retomada da sessão, votarão os ministros Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto (presidente).