Conversa de alcova – Em sua rápida passagem por Brasília, o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi recebido em palácio pela neopetista Dilma Rousseff. Durante o encontro, Dilma e Sarkozy discutiram diversos assuntos, entre eles a compra de 36 aviões de caça para reaparelhar a Força Aérea Brasileira, assunto que foi tratado e sacramentado com Lula, mas acabou fracassando por questões misteriosas.
A assessoria presidencial negou que o assuntos dos caças tenha sido discutido no encontro, mas é sabido que o tema pautou a reunião entre Dilma e Sarkozy que certa vez ouviu de Lula, oficialmente, que o modelo Rafale, da francesa Dassault, era o vencedor da concorrência. Meses depois, o assunto entrou em compasso de espera, como se alguém tivesse descoberto algo proibido.
Muito estranhamente, a compra dos Rafale, que já era dada como certa, sofreu uma reviravolta com a chegada de Dilma Rousseff à presidência. Antes do final do governo Lula, grande foi a movimentação em torno do negócio, que levou o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, a convidar autoridades para um evento aeronáutico em Paris, cujas despesas foram pagas pela Dassault.
Trata-se de mais uma das mal contadas histórias do poder, que por certo tem nos bastidores algum escândalo que não pode ser revelado, sob pena de o principal protagonista acabar na vala do descrédito. Especula-se, contudo, a possibilidade de gordas comissões terem sido pagas, antecipadamente, para que o negócio pendesse para determinado lado.