Alckmin precisa abandonar as estatísticas e acabar com a onda de violência que tomou São Paulo

Faroeste a céu aberto – O governador Geraldo Alckmin continua devendo à população explicações convincentes sobre a onda de violência que toma conta da região metropolitana de São Paulo. Nos últimos dias, Alckmin ocupou os meios de comunicação para destilar números estatísticos para justificar a escalada do crime, o que não aplaca a dor das famílias das pessoas assassinadas por bandidos ousados e destemidos.

Enquanto as autoridades se entregam às estatísticas, os marginais atuam de forma deliberada, como se cumprissem ordem superior. A Polícia Militar ocupou a favela de Paraisópolis na segunda-feira (29), pois de acordo com investigações a ordem para matar militares partiu de um traficante local que encontra-se preso.

O secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, disse que “dali [favela] algumas ordens de atentados contra PMs”. Esse discurso é vazio e serve como resposta apenas aos militares, uma vez que a população acredita que a situação pode piorar com o passar do tempo, caso o governo estadual não reaja à altura.

Para se ter ideia da insegurança que marca a cidade de São Paulo, desde o início do ano ocorreram, em média, seis homicídios por dia. É sabido que a escalada da violência é resultado do tráfico de drogas e do contrabando de armas na fronteira, algo que o governo federal ignora, mas o cidadão pode ser refém de uma queda de braço entre os palácios dos Bandeirantes e do Planalto.

Se Dilma Rousseff prefere fechar os olhos para os crimes que ocorrem nas extensas fronteiras do País, que Alckmin e seus comandados deixe de se agarrar a discursos evasivos e tomem uma atitude que traga paz à sociedade.