Relator da CPI do Cachoeira cumpre ordens de Lula e poupa aliados e integrantes do governo

(Foto: ABr)
Missa encomendada – Por conta de uma manobra escusa da base aliada, a CPI do Cachoeira funcionará até um dia antes do início do recesso parlamentar do final do ano. Os integrantes da oposição queriam uma prorrogação de 180 dias, mas foram vencidos pelo rolo compressor do Palácio do Planalto, que não quer ver a presidente Dilma Rousseff no olho do furacão.

Monitorado à distância por Lula e José Dirceu, o relator da CPI do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), apresentará nesta terça-feira (6) um relatório parcial. Perguntado sobre os convocados que permaneceram em silêncio na Comissão, Odair disse que os mesmo serão indiciados, pois ficar calado significa envolvimento com o esquema criminoso o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos.

Odair Cunha abusa da irresponsabilidade ao fazer tal afirmação, uma vez que permanecer em silêncio é um direito constitucional do acusado. O relator disse que os indiciamentos se darão com base nos indícios. Ou seja, no Supremo Tribunal Federal os petistas não podem ser condenados mesmo com provas, mas na CPI do Cachoeira bastam indícios para punir os adversários de Lula e companhia.

O principal indiciado pelo relator Odair Cunha será o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, inimigo figadal do ex-presidente Lula, que incentivou a criação da CPI do Cachoeira apenas para alvejar o tucano.

A decisão do Palácio do Planalto de impedir que a CPI do Cachoeira aprofundasse as investigações, pedindo a quebra de sigilos de empresas laranjas ligadas à Delta Construção, é mais um perigoso passo que o País dá na direção da ditadura. Ainda há tempo para reverter essa marcha criminosa e totalitarista.