Concluído o acordo com governo federal, Geraldo Alckmin tem a o dever de conter a violência em SP

Mãos à obra – Oficializada a parceria entre os governos federal e paulista para combater a escalada da violência em São Paulo, ficou estabelecido que presos de facções criminosas que ordenaram a matança de policiais militares serão transferidos para presídios federais. É o caso do traficante de codinome Piauí, líder do tráfico na favela do Paraisópolis e de quem teria partido as ordens para os assassinatos, que será levado para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.

No encontro entre o governador Geraldo Alckmin e o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) ficou claro que o governo paulista dispensa a oferta de envio de tropas federais para ocupar favelas e comunidades carentes, onde o crime normalmente se estabelece.

Sem dúvida é correta a afirmação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, de que se trata de oportunismo do governo federal, que deseja marcar presença em um estado cujo governo está na mira do Partido dos Trabalhadores.

Alckmin escapou com destreza da armadilha palaciana, mas precisa agir com firmeza e celeridade para conter a ação dos criminosos, que desde o começo deste ano já assassinaram pelo menos noventa policiais militares, sem contar os cidadãos comuns que morreram a reboque da onda de violência.

Até então o discurso político teve lugar no cenário de incertezas, mas de agora em diante é preciso ação, pois os contribuintes pagam impostos e têm o direito de receber a contrapartida por parte do Estado, a começar pela segurança. Sempre lembrando que a maior cidade brasileira não pode ser transformada em palco de carnificina.