Sem perdão – Na sessão desta quarta-feira (14) do Supremo Tribunal Federal, a última presidida por Carlos Ayres Britto, que no próximo domingo (18) completará 70 anos, portanto aposentando-se compulsoriamente, os ministros condenaram o ex-vice-presidente operacional do Banco Rural, José Roberto Salgado, a 16 anos e 8 meses de prisão, além de 286 dias-multa, por sua participação no esquema de corrupção que ficou nacionalmente conhecido como Mensalão do PT.
Defendido pelo ex-ministro e criminalista Márcio Thomaz Bastos, Salgado, que integra o chamado núcleo financeiro do esquema de compra de parlamentares, foi condenado por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta e formação de quadrilha.
Os ministros também iniciaram a dosimetria da pena de Vinícius Samarane, outro réu ligado ao Banco Rural que completa o chamado núcleo financeiro. Até o momento, foram fixadas as penas para os crimes de lavagem de dinheiro (5 anos, 3 meses e 10 dias-multa) e gestão fraudulenta de instituição financeira (3 anos, 6 meses e 100 dias-multa), restando os de formação de quadrilha e evasão de divisas. Os ministros voltam a discutir as penas na quarta-feira, dia 21.